sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Leitura de Outubro:

Nunca Minta
by Freida McFadden

Os livros de Freida McFadden são conhecidos por serem leituras rápidas, leves e envolventes, perfeitas para quem busca se recuperar de uma ressaca literária. Foi exatamente nesse contexto que iniciei "Nunca Minta". Após uma leitura anterior arrastada e desmotivadora, encontrei no livro uma narrativa que me prendeu novamente, ainda que dentro da fórmula já conhecida em suas obras.

A trama gira em torno do misterioso desaparecimento da psiquiatra Adrienne Hale, uma renomada profissional e escritora que deixou para trás sua vida e sua mansão isolada. É justamente nesse cenário que o casal Tricia e Ethan surge: interessados em adquirir a casa, eles acabam presos no local por causa de uma nevasca. Durante a exploração dos cômodos, Tricia encontra fitas com as sessões da doutora e seus pacientes, o que dá início a uma segunda linha do tempo, revelando aos poucos os últimos passos de Adrienne.

Embora não seja um livro repleto de surpresas grandiosas, "Nunca Minta" conseguiu me enganar em certos momentos, entregando um plot twist divertido. A narrativa ágil e objetiva de McFadden contribui para que a leitura seja fluida, sem perder o ritmo e a atmosfera de mistério.

No entanto, como é comum em seus livros, não se deve esperar grandes respostas ou explicações consistentes no desfecho. A autora cumpre bem a proposta de entreter, mas se tentarmos buscar lógica em certos desfechos, a experiência pode se transformar em frustração. Então, leia, divirta-se, termine, feche o livro e não faça muitos questionamentos.

Nota: ★★★⭑⭑

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Leitura de Setembro:

 

O Sobrevivente quer Morrer No Final
by Adam Silvera

Sempre admirei as histórias de Adam Silvera. Desde o primeiro contato com sua escrita, me acostumei a acompanhar romances inspiradores, simples e envolventes e sem carregar pretensões exageradas. Essa relação se intensificou quando conheci o universo da Central da Morte.

No primeiro livro, “Os Dois Morrem no Final”, fui tomado por apreensão logo de início. O título parecia um spoiler, mas o enredo me surpreendeu pela forma inovadora de conduzir a trama. Os protagonistas foram muito bem desenvolvidos, e a conexão entre eles se deu de maneira natural, convincente e emocionante.

Já em “O Primeiro a Morrer no Final”, apesar de alguns pontos que me incomodaram, a experiência ainda foi positiva. O livro funciona como uma espécie de prelúdio, trazendo acontecimentos anteriores ao primeiro livro e apresentando novos personagens igualmente cativantes e bem construídos.

Porém, ao chegar ao terceiro volume, “O Sobrevivente Quer Morrer no Final”, a decepção foi inevitável. O livro possui mais de 600 páginas, mas não pela profundidade da trama, e sim pelo excesso. Muitos trechos soam repetitivos e não acrescentam em nada ao desenvolvimento da história, algo que inclusive foi apontado em outras resenhas que encontrei.

Outro aspecto que me incomodou foi a insistência em conectar essa narrativa às anteriores, principalmente ao segundo livro. Em vários momentos, essa tentativa pareceu forçada, enfraquecendo ainda mais a experiência.

O que mais me afastou, contudo, foi a sensação de estar lendo, em alguns trechos, um livro de autoajuda. Os novos protagonistas, Paz e Alano, não possuem o mesmo carisma dos anteriores. O relacionamento entre eles se mostrou morno e desinteressante, e nem mesmo a reta final conseguiu recuperar o fôlego esperado.

Talvez Paz e Alano funcionassem melhor em uma história independente, fora do universo da Central da Morte. Aqui, fica uma sensação de frustração. Para piorar, a última página trouxe uma revelação que, longe de causar surpresa, apenas gerou desconforto (sem spoilers).

Em resumo, enquanto os dois primeiros livros deixaram marcas positivas, o terceiro não conseguiu manter o fôlego. Adam Silvera continua sendo um autor que admiro, mas “O Sobrevivente Quer Morrer no Final” não alcançou o impacto que eu esperava.

Nota: ★★⭑⭑⭑

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