quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Leitura do mês de janeiro -> "Quinze Dias":

"O mundo inteiro é seu"
Ano: 2017 / Páginas: 208
Idioma: português
Editora: Globo Alt
Por: Vitor Martins

Eu ganhei de presente de aniversário do ano passado o segundo livro do mesmo autor: “Um milhão de finais felizes”. Eu me apaixonei pela leitura e fiquei muito empolgado quando descobri que o autor havia lançado primeiro o “Quinze dias”. E dessa forma, eu resolvi ler o livro em questão.

Vamos à história: Felipe está prestes a entrar de férias e aliviado por poder passar uns dias longe da escola e todas as pessoas que diariamente o tratam mal por ele ser gordo; a ideia inicial seria passar as férias maratonando séries, assistindo filmes, lendo livro e coisas do tipo.

Porém as coisas saem dos eixos quando sua mãe decide hospedar Caio (o filho de seus vizinhos) durante quinze dias em sua casa. Felipe sempre teve uma paixão por Caio e vai precisar lutar contra suas inseguranças para ir atrás daquilo que ele deseja.

O me chamou a atenção no segundo livro do autor, foi exatamente o que senti falta nesta primeira história. Aqui temos um protagonista envolto em suas questões, lutando contra sua baixa autoestima, com uma lista de inseguranças devido à sua condição e apaixonado por um garoto que segundo ele mesmo descreve, é um padrãozinho.

A todo o momento eu sentia pena do Felipe pelas situações que ele passava e pela forma como ele descrevia sua rotina antes de Caio entrar em sua vida. Certamente essa não seria a intenção do autor, mas não tem como não desenvolver tal sentimento quando Felipe nos lista tudo o que já passou e a forma como essas situações afetaram sua vida.

Felipe não é um protagonista divertido e cheios de manias que nos cativa. Caio não tem uma personalidade forte o suficiente que justifique fato de ter conseguido tirar Felipe do seu mundo de auto-piedade.

Outro ponto que deixou a desejar foi a demora em acontecer alguma coisa... Geralmente os personagens ficam envoltos em uma mesma rotina; e, quando alguma coisa finalmente acontece, dura pouco tempo e logo somos puxados de volta ao mesmo.

Tudo bem que esta é a história do Felipe, mas algumas sub-tramas poderiam ter sido desenvolvidas de outra forma. Um dos exemplos disso seria o relacionamento entre Caio e sua mãe Sandra; afinal de contas, em diversas situações os dois são pegos conversando ao telefone de maneira misteriosa e quando os dois finalmente se reencontraram, o que veio a seguir foi desenrolado de forma genérica.

 Outro exemplo é o relacionamento entre a mãe de Felipe e os pais de Caio  que poderia ter sido  desenvolvido de uma forma mais detalhada para justificar o fato de que, dentre todas as pessoas do prédio, a mãe de Caio escolheu justamente a família do Felipe para abrigá-lo durante 15 dias (tudo por que eles não queriam que o menino - que já era adolescente - ficasse em casa sozinho).

Não posso negar que o livro tem algumas passagens fofinhas; em certo momento a gente até chega a sorrir com algumas situações. Mas em seguida, quando a rotina volta, fica difícil de continuar mantendo o sorriso.

Terminei o livro e, ao contrário de muitos outros que eu li por aí, não consegui ser cativado pelos personagens apresentados; ao longo da leitura rolou apenas um carinho por eles e uma pequena torcida para que tudo desse certo no final.

Obs.: Essa é uma opinião pessoal.

Nota: 

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