sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Leitura de Outubro:

Nunca Minta
by Freida McFadden

Os livros de Freida McFadden são conhecidos por serem leituras rápidas, leves e envolventes, perfeitas para quem busca se recuperar de uma ressaca literária. Foi exatamente nesse contexto que iniciei "Nunca Minta". Após uma leitura anterior arrastada e desmotivadora, encontrei no livro uma narrativa que me prendeu novamente, ainda que dentro da fórmula já conhecida em suas obras.

A trama gira em torno do misterioso desaparecimento da psiquiatra Adrienne Hale, uma renomada profissional e escritora que deixou para trás sua vida e sua mansão isolada. É justamente nesse cenário que o casal Tricia e Ethan surge: interessados em adquirir a casa, eles acabam presos no local por causa de uma nevasca. Durante a exploração dos cômodos, Tricia encontra fitas com as sessões da doutora e seus pacientes, o que dá início a uma segunda linha do tempo, revelando aos poucos os últimos passos de Adrienne.

Embora não seja um livro repleto de surpresas grandiosas, "Nunca Minta" conseguiu me enganar em certos momentos, entregando um plot twist divertido. A narrativa ágil e objetiva de McFadden contribui para que a leitura seja fluida, sem perder o ritmo e a atmosfera de mistério.

No entanto, como é comum em seus livros, não se deve esperar grandes respostas ou explicações consistentes no desfecho. A autora cumpre bem a proposta de entreter, mas se tentarmos buscar lógica em certos desfechos, a experiência pode se transformar em frustração. Então, leia, divirta-se, termine, feche o livro e não faça muitos questionamentos.

Nota: ★★★⭑⭑

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Leitura de Setembro:

 

O Sobrevivente quer Morrer No Final
by Adam Silvera

Sempre admirei as histórias de Adam Silvera. Desde o primeiro contato com sua escrita, me acostumei a acompanhar romances inspiradores, simples e envolventes e sem carregar pretensões exageradas. Essa relação se intensificou quando conheci o universo da Central da Morte.

No primeiro livro, “Os Dois Morrem no Final”, fui tomado por apreensão logo de início. O título parecia um spoiler, mas o enredo me surpreendeu pela forma inovadora de conduzir a trama. Os protagonistas foram muito bem desenvolvidos, e a conexão entre eles se deu de maneira natural, convincente e emocionante.

Já em “O Primeiro a Morrer no Final”, apesar de alguns pontos que me incomodaram, a experiência ainda foi positiva. O livro funciona como uma espécie de prelúdio, trazendo acontecimentos anteriores ao primeiro livro e apresentando novos personagens igualmente cativantes e bem construídos.

Porém, ao chegar ao terceiro volume, “O Sobrevivente Quer Morrer no Final”, a decepção foi inevitável. O livro possui mais de 600 páginas, mas não pela profundidade da trama, e sim pelo excesso. Muitos trechos soam repetitivos e não acrescentam em nada ao desenvolvimento da história, algo que inclusive foi apontado em outras resenhas que encontrei.

Outro aspecto que me incomodou foi a insistência em conectar essa narrativa às anteriores, principalmente ao segundo livro. Em vários momentos, essa tentativa pareceu forçada, enfraquecendo ainda mais a experiência.

O que mais me afastou, contudo, foi a sensação de estar lendo, em alguns trechos, um livro de autoajuda. Os novos protagonistas, Paz e Alano, não possuem o mesmo carisma dos anteriores. O relacionamento entre eles se mostrou morno e desinteressante, e nem mesmo a reta final conseguiu recuperar o fôlego esperado.

Talvez Paz e Alano funcionassem melhor em uma história independente, fora do universo da Central da Morte. Aqui, fica uma sensação de frustração. Para piorar, a última página trouxe uma revelação que, longe de causar surpresa, apenas gerou desconforto (sem spoilers).

Em resumo, enquanto os dois primeiros livros deixaram marcas positivas, o terceiro não conseguiu manter o fôlego. Adam Silvera continua sendo um autor que admiro, mas “O Sobrevivente Quer Morrer no Final” não alcançou o impacto que eu esperava.

Nota: ★★⭑⭑⭑

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Leitura de Julho:

 

Vou Te Receitar Um Gato
by Syou Ishida

Li o livro Vou te receitar um gato e foi como receber um abraço quentinho em forma de páginas. A leitura é leve, carinhosa e muito humana, quase como uma conversa com alguém que entende não só de gatos, mas também da alma da gente.

O que mais me encantou é a forma delicada como o autor mostra que os gatos não são apenas companheiros silenciosos, mas verdadeiros aliados do nosso bem-estar. Cada capítulo traz pequenas doses de afeto, lembrando o quanto um ronronar pode acalmar, um olhar pode confortar e um simples gesto felino pode transformar um dia pesado em algo mais leve.

Foi impossível não me sentir tocado. É um livro que aquece o coração e nos faz querer abraçar nossos bichanos ainda mais forte. Uma leitura fofa, cheia de ternura, que me deixou com a sensação de que, sim, os gatos realmente têm o dom de cuidar da gente.

R.I.P - Link - Meu pequeno companheiro felino de leitura que infelizmente se foi no período que eu estava lendo este livro

Nota: ★★★⭑⭑

domingo, 29 de junho de 2025

Leitura de Junho.4:

 

Branco Letal
 By JK Roling

Branco Letal é o quarto livro da série do detetive Cormoran Strike, escrita por Robert Galbraith (pseudônimo da J.K. Rowling). Dessa vez, a história começa com a visita de um homem perturbado chamado Billy, que aparece no escritório de Strike dizendo que viu um crime quando era criança, mas não consegue lembrar os detalhes direito. A partir daí, a dupla Strike e Robin mergulha numa investigação cheia de pistas confusas, política suja, chantagem e até assassinato — tudo envolvendo uma família rica e bem complicada.

A graça da série continua sendo a relação entre os dois protagonistas. O Strike continua aquele cara durão, meio ranzinza, mas com um coração meio escondido por baixo da armadura. Ele ainda carrega o peso da fama que conquistou, a dor física por causa da perna amputada e, claro, os traumas emocionais da relação com a ex-noiva Charlotte, que insiste em aparecer pra bagunçar tudo.

A Robin, por outro lado, está passando por um momento difícil: acabou de casar, mas já sente que o relacionamento tá afundando. Ao mesmo tempo, ela quer se provar como detetive, sofre com ansiedade, e vive dividida entre o que esperam dela e o que ela realmente quer ser. A química entre ela e Strike fica cada vez mais evidente, mas os dois continuam evitando qualquer passo fora da amizade — pelo menos por enquanto.

Embora o livro mantenha o padrão elevado da série em termos de mistério e desenvolvimento de personagens, é possível argumentar que Branco Letal sofre com seu excesso de páginas. Com mais de 600 páginas, a narrativa poderia ter sido mais enxuta sem perder em profundidade ou tensão. Há momentos em que o ritmo se arrasta, com descrições extensas ou subtramas que pouco acrescentam à investigação central. Uma edição mais concisa tornaria o enredo mais ágil e talvez mais impactante, nos mantendo presos à ação sem dispersar a atenção com desvios desnecessários.

Mesmo assim, Branco Letal é uma leitura que prende, especialmente pra quem já acompanha a série. O mistério é bem amarrado, os personagens continuam super interessantes, e a gente fica torcendo não só pra que eles resolvam o caso, mas também pra resolverem entre si. É mais do que um suspense — é sobre pessoas tentando se entender em meio ao caos.

Nota: ★★★★⭑

terça-feira, 24 de junho de 2025

Leitura de Junho.3:

 

Saboroso Cadáver
by Agustina Bazterrica

Ler Saboroso Cadáver é como encarar um espelho deformado da nossa própria realidade — grotesco, incômodo, mas impossível de ignorar. É uma distopia, sim, mas tão próxima do que vivemos que chega a ser desconfortável chamá-la de ficção. Agustina Bazterrica cria um mundo onde, após um vírus tornar a carne animal imprópria para consumo, a humanidade toma uma decisão brutal: institucionaliza o consumo de carne humana.

Nesse cenário perturbador, seguimos a rotina de Marcos, um funcionário de alto escalão em um frigorífico especializado no abate de “carne especial” — como os humanos criados e abatidos para alimentação passam a ser chamados. Marcos carrega suas próprias dores, especialmente a perda recente do filho e a internação de sua esposa em um hospital psiquiátrico, o que o torna um personagem apático, à deriva, e ao mesmo tempo perigoso, porque representa o que há de mais humano em meio ao inumano.

O ponto de virada da narrativa acontece quando ele recebe de presente uma mulher viva, criada para abate. A partir daí, o desconforto cresce, página após página. O leitor é forçado a observar a erosão completa de qualquer traço de ética, enquanto Marcos tenta justificar suas ações e navegar por esse mundo que já aboliu os limites do aceitável.

O que mais choca em Saboroso Cadáver não são apenas as cenas cruas ou a premissa absurda — mas o fato de que tudo faz sentido dentro daquela lógica. E esse é o verdadeiro golpe: perceber que, com pequenas adaptações, o sistema descrito por Bazterrica não está tão distante do nosso. Troque os humanos por animais, troque o abate por exploração sistemática, e o horror continua, apenas com outra embalagem. O livro obriga o leitor a se perguntar até onde vai o apetite humano por poder, controle e consumo.

A escrita é seca, direta, sem floreios. Não há espaço para poesia diante do horror banalizado. Por isso, mesmo sendo uma leitura que fere, ela flui — rápida, inquietante, quase como um soco que a gente só percebe completamente depois que já caiu. Em poucas páginas, somos levados a confrontar o que significa ser humano, consumir, obedecer e, acima de tudo, se anestesiar diante da barbárie.

Saboroso Cadáver é um livro que te suga para dentro do pesadelo e depois te devolve ao mundo real — mas com os olhos mais abertos. Não é para todos, mas talvez devesse ser.

Nota: ★★★⭑⭑

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Leitura de Junho.2:

 

A Contadora
by Freida McFadden

Conheci Freida McFadden depois de ouvir muita gente comentar sobre a série “a empregada”. Resolvi ler o primeiro volume da série e gostei bastante. Foi uma leitura leve, com personagens interessantes e uma reviravolta que me pegou de surpresa. O segundo livro manteve a qualidade, mas comecei a sentir que a fórmula estava se repetindo um pouco. Já no terceiro, a história ficou morna, sem aquele “uau” que a gente espera de um bom thriller. E aqui temos “A contadora”.

Neste livro, conhecemos Dawn Schiff, uma contadora excêntrica, socialmente desajeitada e apaixonada por tartarugas, que trabalha na Vixed, uma empresa de suplementos. A rotina dela é quase cronometrada. Mas quando Dawn desaparece de repente, quem começa a desconfiar é sua colega de trabalho, a atraente e bem-sucedida Natalie Farrell. 

A situação fica ainda mais estranha quando Natalie encontra uma ligação anônima gravada na mesa de Dawn. A partir daí, ela começa a investigar o que está por trás desse sumiço, mergulhando em um jogo perigoso e cheio de segredos.

Sendo bem sincero, o início da leitura não me empolgou, achei que a história demorou a engrenar. Mas depois da metade o ritmo mudou, pois sempre me divirto nas partes investigativas dessas histórias.

O problema é que, ao longo do livro, a autora recorre novamente aos mesmos recursos de sempre. Quem já leu outras obras dela vai perceber isso. A estrutura se repete, os truques também, e o tão esperado plot twist simplesmente não convence. Parece que faltou inovação. E quando chega o final, tudo se resolve tão rápido que fica uma sensação de que algumas situações e personagens mereciam um desfecho mais elaborado.

A Contadora tinha potencial para ser melhor. Tem momentos bons, algumas tensões bem construídas, mas acaba com um final sem graça. Pode funcionar como uma boa distração para quem nunca leu nada da autora, mas para quem já conhece o estilo da Freida, é bem possível que este livro pareça apenas uma versão mais apagada do que ela já entregou antes.

Nota: ★★⭑⭑⭑



quarta-feira, 4 de junho de 2025

Leitura de Junho:

 

Pedra Papel Tesoura
by Alice Feeney

Li Pedra, Papel, Tesoura com bastante expectativa já que é um livro bem comentado nas redes sociais. E o livro realmente não decepciona. É um thriller que prende, mas sem forçar a barra.

A trama acompanha Adam e Amelia, um casal que tenta salvar o casamento indo passar uns dias numa capela isolada na Escócia, após Amelia vencer um misterioso concurso em seu local de trabalho. Só que, claro, o clima romântico dura pouco. Aos poucos, a gente percebe que essa viagem esconde muitos segredos e mágoas mal resolvidas.

Os dois personagens são muito bem construídos: Adam é um cara fechado, difícil de lidar, e Amelia parece aquela pessoa que tenta manter tudo em pé, mas está cheia de inseguranças. Eles são falhos, reais, e isso deixa a relação entre eles complexa e interessante - e desconfortável, às vezes.

As revelações no final podem não causar aquele choque de cair da cadeira…  Mas são bem amarradas, fazem sentido dentro da história, e, mesmo sendo previsível, deixa aquele gostinho de satisfação, como se tudo estivesse no lugar certo.

O que mais me pegou foi como o livro mostra os pequenos detalhes que fazem (ou destroem) um relacionamento. Fiquei pensando: será que eles realmente se amavam ou só estavam presos um ao outro, meio obcecados, incapazes de se libertar desse vínculo tóxico entre eles?

Se tem um ponto fraco, na minha opinião, é a ambientação. Senti falta de um pouco mais de vida nas descrições dos lugares. A ambientação na Escócia tinha tudo para ser mais marcante… mas ficou meio apagada. Aquele cenário frio e isolado poderia ter intensificado ainda mais a atmosfera da história.

No geral, é um livro que recomendo. É bem escrito, envolvente e ainda faz a gente refletir sobre os limites entre amor e obsessão.

Nota: ★★★⭑⭑

sábado, 24 de maio de 2025

Leitura de Maio:

O Massacre da Família Hope
by Riley Sager

"O Massacre da Família Hope" é um thriller que impressiona menos pelos grandes choques e mais pela maneira como constrói, com paciência e precisão, uma atmosfera opressiva que acompanha o leitor do começo ao fim. O que mais chama a atenção não é tanto a violência do massacre em si, mas o cenário onde ele aconteceu: a mansão isolada, à beira de um penhasco prestes a ruir, quase um personagem à parte na narrativa. A fragilidade física da casa, com suas rachaduras, rangidos e a constante ameaça do abismo, reflete perfeitamente o desgaste emocional e moral que ronda a família Hope.

A escrita é direta, objetiva, sem recorrer a exageros ou descrições excessivamente gráficas, o que torna a leitura fluida e ao mesmo tempo incômoda, no bom sentido — como se estivéssemos sempre pisando em chão instável, assim como os personagens. As descrições da mansão são particularmente bem feitas: não são longas, mas muito eficazes em transmitir a sensação de decadência iminente e isolamento, que acaba sendo o tom dominante do livro.

A estrutura da narrativa, intercalando passado e presente, ajuda a construir a tensão aos poucos, sem pressa, mas também sem enrolação. Cada capítulo adiciona uma peça ao quebra-cabeça, e mesmo quando a trama parece se encaminhar para uma conclusão previsível, a força da ambientação mantém o interesse.

O final não aposta em um grande choque ou reviravolta, mas em uma resolução coerente com tudo que foi apresentado. Acho que única coisa que me incomodou, e isso é uma opinião pessoal, foi a quantidade de reviravoltas que o final nos apresentou. Muitos personagens revelando ser aquilo que a gente não imaginava.

Em resumo, "O Massacre da Família Hope" é uma leitura envolvente, especialmente para quem aprecia histórias em que o cenário pesa tanto quanto a trama. A mansão, à beira do colapso, é uma metáfora poderosa para os segredos e fragilidades humanas que o livro explora.

Nota: ★★★★⭑

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Leitura de Abril:

 

Desenhos Ocultos
by Jason Rekulak

Desenhos Ocultos me chamou a atenção logo de cara. A capa chamativa, as ilustrações misteriosas, uma sinopse que prometia um bom suspense e enigmas sobrenaturais; tudo isso me deixou bastante curioso. Admito que fui com expectativas altas para essa leitura.

A história gira em torno da Mallory Quinn, uma jovem tentando reconstruir a vida depois de passar por problemas sérios com drogas. Ela arruma um trabalho como babá do pequeno Teddy, em uma casa que, à primeira vista, parece comum. Mas, com o tempo, Mallory começa a perceber algo estranho: os desenhos que Teddy faz vão ficando cada vez mais perturbadores, como se escondessem pistas de algo sombrio envolvendo a casa e seu passado.

Confesso que, apesar da premissa interessante, a leitura acabou não funcionando pra mim. A trama seguiu um caminho muito previsível, sem grandes surpresas ou momentos de verdadeiro impacto. A atmosfera, que eu esperava que fosse densa e envolvente, acabou se perdendo no meio de clichês típicos de histórias sobre fantasmas.

Depois de um tempo, ler o livro virou quase uma tarefa. Em vez de criar mais suspense, as "revelações" só me fizeram ter certeza do que já estava imaginando sobre o final.

No fim, a sensação que ficou foi a mesma de quando a gente escolhe, meio sem pensar, um filme de terror qualquer no streaming: começa empolgado, esperando por bons sustos, mas termina com aquela história esquecível que some da cabeça assim que os créditos aparecem.

Desenhos Ocultos tinha potencial, sem dúvida. Mas acabou entregando menos do que prometia, preso em uma narrativa que não arrisca e se apoia demais em fórmulas batidas.

Nota: ★⭑⭑⭑⭑


sexta-feira, 28 de março de 2025

Leitura de Março.2:

 

Suicidas
by Raphael Montes

Quando peguei Suicidas para ler, achei que o começo fosse me fazer desistir. A história demora um pouco para engrenar, e eu quase deixei de lado — mas, quando finalmente peguei no tranco, não consegui mais parar. Em três dias, já tinha virado a última página, misturando fascínio com um certo desconforto.  

O livro tem uma narrativa que te arrasta, mesmo quando você quase quer se soltar dela. Tem horas que a trama parece se repetir ou andar em círculos, mas, de repente, algo acontece e você fica grudado de novo, querendo saber como tudo vai acabar. Só que, cá entre nós, não foi tão difícil adivinhar alguns dos segredos antes da hora. Já na metade, eu tinha desconfiado de certas reviravoltas, e isso me deixou com um pé atrás na hora do desfecho.  

Mas o que realmente me marcou foram as cenas que me fizeram torcer o rosto de tão intensas. Tem momentos que você quase quer fechar o livro e respirar fundo — mas aí vem aquela coceira de saber o que vem depois, e você segue em frente, mesmo com o estômago embrulhado. Raphael Montes não facilita: ele joga na nossa cara um suspense pesado, com críticas sociais afiadas e um terror psicológico que fica na cabeça.  

Se você curte histórias que mexem com os nervos e não tem medo de se sentir um pouco mal no processo, Suicidas pode ser sua próxima leitura. Só aviso: não é pra qualquer um... É uma leitura bem pesada. Tem gente que vai odiar, tem gente que vai amar, e tem gente (como eu) que vai ficar ali no meio, pensando “não sei se gostei, mas com certeza não vou esquecer tão cedo”.

Nota: ★★★⭑⭑

quinta-feira, 6 de março de 2025

Leitura de Março:

 

Verity
by Colleen Hoover

Verity, da Colleen Hoover, é um daqueles livros que a gente começa a ler e simplesmente não consegue parar. Sério, ele te agarra desde as primeiras páginas e só solta no final! A narrativa é tão envolvente que você fica grudado, querendo saber o que vai acontecer a cada capítulo.

A história gira em torno da Lowen Ashleigh, uma escritora que é chamada para terminar uma série de livros de Verity Crawford, uma autora super famosa que, depois de um acidente, não pode mais escrever. Quando Lowen se muda para a casa da família Crawford para mergulhar nos manuscritos de Verity, ela acaba encontrando uma autobiografia secreta e perturbadora, cheia de segredos que vão te deixar de queixo caído.

O que mais me conquistou em Verity foi que a linha entre o certo e o errado, a verdade e a mentira, é explorada de um jeito que te deixa com aquele frio na espinha. A escrita dela é emocional e fluida, o que torna a leitura ainda mais viciante.

Ah, e o final? É daqueles que te deixa com um nó na garganta e um monte de perguntas na cabeça. A ambiguidade que a Hoover deixa de propósito é genial e te faz refletir e questionar tudo o que você leu. Depois que acabei o livro, fiquei um bom tempo pensando na história.

Resumindo, Verity é um livro cheio de suspense, emoção e reviravoltas que você nunca vai ver chegando. Se você curte livros que te deixam com aquela sensação de "caramba, preciso conversar sobre isso com alguém!", esse é pra você. Recomendo!

Nota: ★★★★⭑

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Leitura de Fevereiro.3:

 

A Empregada está de olho
by Freida McFadden

A Empregada Está de Olho é o terceiro livro da saga de Millie, a empregada que conquistou os leitores nos livros anteriores. 

A história avança no tempo, e Millie agora está casada, com dois filhos, e se muda para um bairro aparentemente seguro. 

Porém, logo no início, coisas estranhas acontecem, criando um clima de suspense.  

Comparado aos anteriores, o livro não me impactou tanto assim. A estrutura da narrativa segue exatamente a mesma e a gente segue na leitura já esperando o plot que, com certeza, vai aparecer. 

A trama parece menos original e mais previsível, com um plot principal que tenta surpreender, mas falta complexidade. 

Apesar disso, a escrita da autora continua fluida e envolvente, com personagens bem construídos, especialmente Millie, que mantém sua ambiguidade característica.  

No geral, é um thriller decente, mas não me surpreendeu tanto quanto os demais. A trama principal é menos impactante, e as sub-tramas parecem demais. Ainda assim, a qualidade da escrita salva a obra.

Nota: ★★★⭑⭑

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Leitura de Fevereiro.2:

 

O Segredo da Empregada
by Freida McFadden

Freida McFadden retorna com O Segredo da Empregada, uma sequência que mantém a estrutura narrativa bem semelhante a do primeiro livro, mas com uma escrita que demonstra uma evolução da autora.

A trama é direta, sem rodeios, e nos conduz por um caminho que, embora previsível em alguns momentos, termina em um desfecho satisfatório. A autora consegue manter o ritmo da história, o que torna a leitura fluida e envolvente, cumprindo o papel principal de entreter.

Os personagens, embora bem apresentados, não recebem um desenvolvimento profundo ou revelações impactantes que mudem significativamente a percepção que tínhamos deles na primeira parte. Eles servem mais como peças que movimentam a trama adiante, sem grandes surpresas adicionais.

No entanto, fica a sensação de que essa continuação talvez não fosse estritamente necessária. A história poderia ter sido encerrada no primeiro livro, ou até mesmo transformada em um novo início, com uma nova franquia e personagens diferentes.

Apesar disso, O Segredo da Empregada é uma leitura agradável, que cumpre seu propósito de entreter e manter o nosso interesse. Não é uma obra que revoluciona o gênero, mas também não decepciona. Para quem gostou do primeiro livro, essa continuação é uma escolha segura e divertida, mesmo que não traga grandes novidades.

Nota: ★★★⭑⭑

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Leitura de Fevereiro:

A Empregada
By Freida McFadden

"A Empregada" é um daqueles livros que a gente começa sem esperar muito, mas que, de repente, prende a atenção e não solta mais e não é por se tratar de uma obra que vai mudar sua vida ou entrar para a lista dos melhores livros de todos os tempos, mas por ser uma leitura que diverte e repleta de suspense e reviravoltas. Assim, ficamos tentados a devorar a leitura para saber logo o que vai acontecer no final. A história tem um ritmo bom, sem enrolação, o que deixa tudo mais interessante; tanto que terminei de ler em menos de três dias.

A trama gira em torno de Millie Calloway, uma empregada que, no começo, parece só mais uma personagem comum, mas que vai mostrando que tem muito mais por trás daquela aparência simples.

O relacionamento dela com os patrões é o centro da história, e é ali que a autora explora coisas como diferenças sociais, poder e como as pessoas podem esconder segredos bem grandes por trás de uma fachada normal.

O que mais me chamou a atenção foi como a autora consegue enganar o leitor. Justo quando a gente acha que entendeu tudo, ela joga uma nova informação que muda completamente o jogo. Isso mantém a história interessante, porém em certos pontos um pouco previsível. A escrita é fácil de acompanhar, e os diálogos são naturais, o que ajuda a compensar algumas falhas nos personagens secundários, que poderiam ser mais bem desenvolvidos.

A reviravolta me lembrou bastante um outro livro que até virou um filme de sucesso, porém aqui esta reviravolta não possui o mesmo charme.

No fim das contas, "A Empregada" é um livro que cumpre o que promete: entreter. Não é uma obra profunda ou que vai te fazer refletir por dias, mas é uma leitura divertida, cheia de suspense e surpresas. Para quem quer uma história que prende do começo ao fim, sem precisar pensar muito, é uma ótima pedida. Vale a pena para relaxar e se divertir com uma trama cheia de segredos e reviravoltas.

Nota: ★★★⭑⭑

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Leitura de Janeiro.2:

 

A Paciente Silencia
by Alex Michaelides

A Paciente Silenciosa, de Alex Michaelides, é um thriller psicológico que fisga o leitor logo na primeira frase do livro. A história gira em torno de Alicia Berenson, uma pintora talentosa que mata o marido e logo entra em silêncio absoluto, transformando seu caso em um mistério ainda maior. Afinal de contas, o que teria levado Alicia a matar o marido? Por que o silêncio? O que teria acontecido naquele dia?

A narrativa é conduzida por Theo Faber, um psicoterapeuta fascinado por Alicia. Determinado a entender o que aconteceu na noite do assassinato, Theo se envolve de maneira cada vez mais pessoal no caso.

A partir daí, a história cria um jogo de pistas e camadas que instiga a nossa curiosidade, alternando entre as perspectivas de Theo e os escritos do diário de Alicia.

Um dos pontos forte, na minha opinião, foi a profundidade dos personagens. Tanto Alicia quanto Theo são cheios de questões pendentes do passado, o que os torna fascinantes e imprevisíveis.

O desfecho é uma das grandes forças do livro; é aquele tipo de final que fica um bom tempo na cabeça após o término da leitura; o autor conduz a trama para um final que reconfigura completamente o que pensávamos saber até então.

É um final que demanda atenção aos detalhes e deixa aquela sensação de ter sido enganado de forma brilhante. A Paciente Silenciosa merece é uma ótima recomendação para quem adora thrillers psicológicos que provocam tanto a mente quanto as emoções.

Nota: ★★★★⭑

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Leitura de Janeiro:

Tudo o que darei a você
by Dolores Redondo

Ganhei esse livro de presente no natal. Eu não conhecia a autora até então e, provavelmente, não teria reparado nesse em minhas voltas pelas livrarias que conheço. Agradeço por ter recebido esse presente, pois me surpreendi positivamente. A história é diferente, envolvente e certamente vai cativar aos amantes de histórias do estilo Agatha Christie.

Sobre a autora: Dolores Redondo é uma autora espanhola renomada, conhecida por sua habilidade em criar tramas envolventes e personagens profundos.

O livro é ambientado na região da Galícia. A trama começa quando Álvaro, marido do protagonista Manuel, morre em um acidente de carro. A notícia traz à tona segredos sombrios sobre Álvaro e sua família, os Muñiz de Dávila, uma influente dinastia local.

Manuel, um escritor, se une a Nogueira, um policial aposentado, e Lucas, um padre amigo de Álvaro, para desvendar os mistérios envolvendo a morte. O trio mergulha em uma rede de mentiras, ganância e traição, onde cada descoberta é mais perturbadora que a anterior.

A escrita é bem detalhada e a atmosfera de suspense é construída de forma gradual e envolvente, nos mantendo intrigados do começo ao fim.

O ponto alto do romance está nos personagens. Manuel é um protagonista cuja jornada de autoconhecimento é tão cativante quanto a própria investigação. Nogueira e Lucas, com suas personalidades contrastantes, enriquecem a narrativa, oferecendo pontos de vista únicos sobre os acontecimentos. Até mesmo os membros da família Muñiz de Dávila, com suas peculiaridades, são fascinantes.

Tudo o que darei a você é um thriller psicológico de qualidade, que combina mistério, emoção e uma reflexão sobre as relações humanas. A trama é bem elaborada e os personagens são cativantes. A autora nos entrega uma obra que não apenas entretém, mas também deixa nos deixa pensando muito após o último capítulo. Recomendo fortemente para os fãs de suspenses literários e dramas familiares.

Nota: ★★★★★

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